Certa vez, enquanto aguardava para ser atendido na farmácia, assisti uma cena bem inusitada. Uma jovem à minha frente, enquanto segurava dois frascos de repelente (marcas e fabricantes distintos), falava ao farmacêutico: "Moço, eu quero esse repelente, mas com o cheiro desse outro". Achei a cena bem engraçada, mas como não entendo nada de repelentes, contentei-me com a explicação do farmacêutico, de que sua solicitação era impossível de ser atendida. Mais tarde, descobri que o primeiro repelente era eficaz na função de repelir (mas tinha cheiro insuportável), enquanto o outro (com cheiro agradável), era inútil na tarefa de repelir. Jovem, porem sábia essa moça da farmácia.
Muitas anos (e risadas) depois, eis que recebo a seguinte solicitação de uma cliente:
"Moço, eu quero essa mesa, com os pés desta outra aqui, no preço daquela ali".
Cara de um...
... "focinho" de outro ....
... com preço daquela ali.
Inevitavelmente lembrei-me da jovem da farmácia, só que desta vez, eu estava no papel do "farmacêutico". E assim como o farmacêutico, tinha "na ponta da língua", todos os argumentos (tecnicamente precisos e completamente "brochantes") do quanto tal solicitação era absurda. No esforço de buscar argumentos melhores, enquanto tentava esquecer um pouco as aulas de engenharia e lembrar mais das aulas de marketing, uma aula específica "saltou" na minha mente. Nesta aula, a professora (que supostamente precisava comprar um carro) pedia indicação de modelos aos alunos. De acordo com ela, o carro precisava atender aos seguintes requisitos: Atingir a velocidade de 800 Km/h, ser seguro (pois pretendia sair viva de uma colisão nesta velocidade), autonomia de 1.500 Km com apenas 1 litro de combustível e custar menos de 100 U$$. Quase que instantaneamente, os alunos respondiam que isso era impossível. No que a professora rebatia que: "Esse era o desejo dela, se os fabricantes não tinham competência para construir o tal carro, o problema era dos fabricantes e não dela". Pensei: "Está ai um argumento tecnicamente ruim, bem "empolgante" e que acabou dando razão a minha cliente".
Enquanto recordava das aulas, ainda olhando para a cliente que aguardava a minha resposta sobre a "mesa dos sonhos", fui sendo preenchido por um sentimento de incompetência, afinal de contas, deveria vender o que as pessoas realmente desejavam, não é mesmo?
Bem, até onde eu sei, ainda não fizeram o tal repelente (que efetivamente repele) com cheiro de perfume francês, nem o "super carro" da minha professora.
Mas enquanto a indústria farmacêutica, ignora solenemente, a jovem do início da história, e a automobilística deixa a minha professora "a pé", nós aqui da Opusflex, lançaremos no próximo mês, a "tal mesa", que tem "cara de uma, focinho da outra, no preço que ela quer pagar". Só não afasta os insetos (ainda)!
Brincadeiras à parte, depois de muito ouvir o mercado e pesquisar tendências em projetos de mobiliário para escritório, desenvolvemos a nova linha de mesas "Arcus".
Por enquanto vou compartilhar com vocês algumas fotos e durante o mês de Março, "subiremos" toda a linha para o site...
A partir do dia 1° de Março, vocês já podem solicitar propostas com a nova linha de mesas, entrando em contato conosco em:
www.opusflex.com.br
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